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Advogado Rafael Cunha Lemos

Os 3 níveis de inteligência artificial

Atualizado: 30 de nov. de 2023


Advogado Rafael Cunha Lemos - Inteligência Artificial - Uberaba MG
Os 3 Níveis de Inteligência Artificial - Imagem Pixabay

Quando se fala em Inteligência Artificial, podemos pensar em três níveis de desenvolvimento estruturados. São níveis que distinguem um grau de inteligência de outro, conforme sua complexidade de processamento e execução de tarefas.


ANI (Artificial Narrow Intelligence). É o nível primário de desenvolvimento, praticamente toda tecnologia que envolve inteligência artificial que existe ao nosso alcance atualmente. Ela é capaz de realizar grandes processamentos de dados e cálculos complexos em segundos, mas com o objetivo único previamente programado.

A ANI não é capaz de improvisar, de realizar uma tarefa estranha à sua função, pois não possuem habilidades para criar memórias e nem utilizar experiências passadas para fundamentar decisões atuais.

Podemos citar como exemplo a inteligência artificial programada para jogar xadrez; carros que dirigem sozinhos; anti-spam de email; smartphones que transformam textos em áudios.


AGI (Artificial General Intelligence). Conhecida como inteligência forte ou inteligência humana (human level AI), a AGI se equipara a inteligência humana. Poderia realizar qualquer atividade de inteligência que o ser humano realiza, dominando diferentes habilidades. Sua programação permite grande armazenamento de memória e, por isso, improvisação em determinadas situações fora de suas funções genuínas.

A psicóloga Linda Gottfredson define:

"Pode discordar, discutir, formular e resolver problemas genéricos, pensar de forma abstrata, compreender idéias complexas, aprender rápido e aprender com próprias experiências."

A AGI se relaciona com a Teoria da Mente (habilidade de atribuir estados mentais - crenças, intenções, estados mentais, fingimento, conhecimento, etc), podendo compreender esse universo mais “humano” nela mesma e nos outros.

Estamos longe de chegar a algo parecido com isso no momento, são avanços que superam muito a capacidade de processamento de computadores.


ASI (Artificial SuperIntelligence). Conhecida como superinteligência, Nick Bostrom a define como:

"Um intelecto muito mais inteligente que as melhores mentes humanas em praticamente todos os campos de conhecimento, incluindo criatividade científica, conhecimentos gerais e habilidades sociais."

A ASI poderia criar, não apenas reproduzir. Possuiria um sistema de evolução e aprimoramento mais avançado do que qualquer mente humana brilhante que já existiu.

Chegaríamos a um nível de inteligência artificial em que a própria existência humana estaria em risco. A ASI teria a capacidade de se auto programar, considerando todas as variáveis e probabilidades imagináveis. Algo parecido com o universo de Matrix.

A grande dúvida, quando isso for possível, é justamente experimentar uma evolução humana jamais vista até hoje ou a sua derradeira criação. Uma coisa é certa, não existe possibilidade da humanidade chegar nesse nível de tecnologia sem se aprimorar nos campos morais e éticos. Tecnologia e valores humanos precisam evoluir lado a lado.



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